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O que é o Mal de Alzheimer

O Mal de Alzheimer é um transtorno neuro-degenerativo, ou seja, declínio do funcionamento do sistema nervoso causado pela morte das células que o compõe – os neurônios.

Esse decaimento causa redução das funções intelectuais, redução da capacidade de trabalho e relação social, diminuição das capacidades cognitivas e motoras e interferência no comportamento e na personalidade, que pode se agravar profundamente e levar à morte.

Seu nome é uma homenagem ao médico que o descreveu pela primeira vez, em 1906, o psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer, na paciente Auguste Deter, uma mulher de 51 anos que parecia totalmente saudável, mas apresentava quadros de perda progressiva de memória, desorientação e distúrbio de linguagem.

A doença normalmente é diagnosticada em pessoas com idade superior a 65 anos, embora existam casos onde ela ocorre mais cedo. A tendência da doença é que sua prevalência aumente exponencialmente com a idade, sendo de 1% em idosos entre 65 e 70 anos; 6% aos 70 anos; 30% aos 80 anos; e mais de 60% depois dos 90 anos. Em 2006, existiam 26,6 milhões de pessoas no mundo diagnosticadas com Alzheimer e a previsão é que em 2050 sejam afetadas pela doença 1 a cada 85 pessoas no mundo.

Até o momento, a doença não é curável, mas os avanços nos tratamentos disponíveis tem prolongado a expectativa e a qualidade de vida de quem sofre com ela. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a eficácia dos tratamentos e maior o controle sobre os sintomas.

Causas

As causas do Alzheimer ainda são desconhecidas. Há hipóteses que a relacionam com fatores genéticos, mutações indesejadas, fatores familiares ou ambientais, relacionado à falta ou presença de proteínas ou aminoácidos específicos no organismo, entre outros fatores.

Apesar de desconhecerem a causa principal da manifestação do Alzheimer, há diversos hábitos que podem causar o agravamento da doença e já são cientificamente comprovados como  fatores de risco, como por exemplo: fumo, depressão, poluição do ar, hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e sedentarismo, relacionados a progressão da doença em mais de 50% dos casos.

Sintomas do Mal de Alzheimer

A doença se manifesta de diferentes formas em cada indivíduo, mas há uma série de sintomas comuns entre eles. O Alzheimer é responsável por mudanças drásticas no cotidiano do indivíduo que o possui, causando perdas de memória, de orientação e da linguagem até que a pessoa se torne extremamente dependente de outra para realizar tarefas simples, como comer e se vestir.

É muito importante prestar atenção aos sinais para que não se confundam com manifestações da idade ou do estresse.

  • Perda de memória a curto prazo – esquecer-se de eventos recentes, porém, diferente dos problemas consequentes da idade avançada, é mais frequente e de forma mais grave, como esquecer que comeu ou que precisa dormir;
  • Distúrbios de comportamento – mudanças perceptíveis no comportamento, como irritabilidade, hostilidade, vagância, ações repetitivas, delírios, etc. ;
  • Desorientaçãoestados de confusão onde não se lembra da data, dia da semana ou local que se encontra. Pode também passar a desconhecer a própria identidade e a de parentes próximos;
  • Distúrbio de linguagem – dificuldade de compreender falas e de se expressar de maneira clara;
  • Perda progressiva da memória não se lembrar das formas ou métodos para realizar uma tarefa, como tomar banho, amarrar os sapatos e, em casos mais graves, de familiares e amigos.

Diagnóstico

O diagnóstico do Mal de Alzheimer é muito complicado, pois depende que a família ou o próprio idoso perceba os sintomas e leve-o ao médico para um diagnóstico mais preciso. Porém, quando os próprios idosos percebem a manifestação da doença, tentam esconder os sintomas por vergonha o medo, por isso é necessário que família e amigos tenham atenção redobrada para os sintomas.

Quando encaminhado ao médico, o diagnóstico normalmente é confirmado com exames de comportamento, capacidade de raciocínio e complementados finalmente por um exame cerebral, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada. Porém, o diagnóstico definitivo só pode ser dado através da biópsia do tecido cerebral.

Prevenção

Sendo desconhecidas as causas do Mal de Alzheimer, a prevenção se torna muito mais difícil quando não se trata de tratamentos precoces da doença quando é prevista no paciente por fatores genéticos. Acredita-se que a manutenção das habilidades cognitivas e da vida social, além da realização de atividades físicas constantes possa prevenir esse transtorno.

Saiba mais sobre formas de prevenção da doença no nosso artigo “10 Alimentos que ajudam prevenir doenças”.

Tratamento

Como não há cura para a doença, os tratamentos disponíveis têm como principal objetivo tratar os sintomas e minimizar seus efeitos na vida do idoso e seus familiares, aumentando a sobrevida e a qualidade com que o paciente viverá.

Há dois tipos de tratamento:

  • Tratamento farmacológico

Acredita-se que os sintomas sejam causados pelas alterações em algumas substâncias presentes no cérebro, como a acetilcolina, por ser encontrada em quantidades reduzidas em pacientes com a doença, por isso, a maioria dos remédios de combate ao Mal de Alzheimer atuam na reposição dessa substância.

Como existem diversas medicações disponíveis no mercado, os efeitos colaterais e as vantagens trazidas por cada uma delas devem ser avaliados com rigor por um médico especializado na área, para tornar o tratamento mais agradável.

Entre outros remédios podem ser também prescritas medicações específicas apenas para a redução dos sintomas, como antidepressivos, ansiolíticos, entre outros.

  • Tratamento não farmacológico

Há evidências da melhora dos sintomas através de estímulos específicos da habilidade cognitiva, social e física na maioria dos casos. Saiba mais sobre tratamentos não farmacológicos no nosso artigo “Tratamentos naturais para o Mal de Alzheimer”.

Convivendo

Conforme a doença avança, o paciente tende cada vez mais a se afastar do convívio social e se tornar dependente de familiares ou cuidadores para realizar as tarefas do dia a dia. Por causa disso, pode ocorrer um grave desgaste físico e emocional da família, mas é necessário entender que o paciente sofre de uma doença incurável e necessita mais do que nunca do carinho e de cuidado de entes queridos para manter a qualidade de vida mesmo com a presença do transtorno.

Há instituições e ONGs que visam ensinar as famílias como cuidar e entender a doença e seus efeitos na vida dos indivíduos, além de fornecer apoio e contar com ajuda de médicos e terapeutas.  Essas organizações promovem encontros para que as famílias compartilhem experiências e entendam a importância dos cuidados e carinho com os pacientes que sofrem da doença.