À medida que os anos passam é comum surgirem alterações no sono e os idosos apresentarem mais problemas para dormir.
Segundo matéria publicada no Estadão , 66,8% dos brasileiros sofrem com problemas para dormir e a queixa mais comum está na população da terceira idade.
De um lado, é natural o organismo sofrer mudanças em relação ao sono com o passar dos anos e a pessoa ir dormindo menos e acordando mais durante a noite.
No entanto, dormir bem é essencial para a saúde física e mental, por isso os chamados distúrbios do sono devem ser investigados e devidamente tratados para que todos consigam um sono reparador.
Conheça quais são as principais alterações do sono no idoso e como lidar com elas lendo nosso post.
Quais as principais alterações no sono de idosos?
A idade reduz a produção de melatonina, que é o hormônio do sono, e essa é uma das principais causas naturais que provocam mudanças na vida dos idosos na hora de dormir.
Além das causas naturais, outros fatores podem favorecer as alterações no sono na terceira idade.
Alguns desses são:
- mudanças de rotina,
- preocupações ou ansiedade excessivas,
- medo da solidão,
- uso de medicamento,
- alto nível de estresse,
- falta de atividades no dia a dia.
É importante destacar que as alterações no sono podem provocar vários danos à saúde física e mental.
Entre eles destacamos:
- sono excessivo durante o dia e maior risco de quedas,
- despertar com sensação de cansaço,
- dificuldade de memória e concentração,
- baixo rendimento,
- riscos para hipertensão, diabetes, AVC, arritmia e entre outros problemas de saúde.
As principais alterações do sono são:
Insônia
Segundo estudo publicado no PubMed, 57% das pessoas idosas sofrem de problemas crônicos de insônia.
O problema é mais predominante em mulheres e a causa disso é a redução na produção de estrogênio quando elas entram na menopausa, já que esse hormônio está diretamente relacionado aos neurotransmissores que afetam o ciclo do sono.
Idosos com problemas de transtornos mentais, como a depressão, ansiedade e esquizofrenia, também tendem a apresentar insônia.
Apneia do sono
Uma das alterações no sono mais recorrente nos idosos é a apneia.
A doença é caracterizada pelo conhecido ronco e pelos episódios de obstrução total ou parcial das vias respiratórias, levando na maioria das vezes a pessoa a acordar subitamente e de forma inconsciente, provocando fragmentações e falta de qualidade no sono.
Síndrome das pernas inquietas
A síndrome das pernas inquietas também é uma das alterações no sono que afetam os idosos.
Considerada uma condição neurológica, ela é caracterizada pelos movimentos constantes e involuntários das pernas e que em casos mais graves também podem comprometer os braços.
A vontade quase incontrolável de mexer os membros geralmente é acompanhada por sensações de formigamento, fisgadas ou queimação nas pernas e costuma ocorrer à noite, o que atrapalha toda a qualidade do sono.
Como lidar com esse problema?
O primeiro passo é compreender que o sono pesado e longo que se tem na juventude vai perdendo a regularidade à medida que a idade avança.
No entanto, as horas de descanso continuam sendo necessárias. Ou seja, apesar das alterações no sono que passa a ficar mais superficial e apresentar mais despertares durante a noite, um idoso precisa continuar dormindo a quantidade de horas necessárias.
Em relação às horas, segundo uma matéria da BBC Brasil, a National Sleep Foundation orienta que um idoso acima de 65 anos deve dormir entre 7 e 8 horas por noite.
Para lidar melhor com o problema, o ideal é manter uma regularidade indo dormir e acordando sempre no mesmo horário.
Outras dicas para amenizar o problema são:
- evitar comer antes de dormir,
- não ingerir substâncias estimulantes à noite, como cafés e chás,
- praticar exercícios físicos durante o dia,
- evitar cochilos longos durante o dia.
- evitar usar celulares, televisores e notebooks no quarto,
- adotar um ritual de sono e procurar práticas para reduzir o estresse,
- procurar ajuda médica.
Agora que você sabe como as alterações no sono na terceira idade, que tal continuar a leitura e descobrir quais são os sintomas do estresse em idosos?